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30/01/2011

A raposa e o bode



A raposa caiu num poço fundo e com as paredes cobertas de limo, e não conseguia sair de lá porque toda vez que tentava subir, escorregava e tornava a descer. Percebendo que precisaria de ajuda para sair dali, ela começou a gritar o mais alto que podia, até que um bode chegou e perguntou o que a raposa fazia lá dentro, e esta, percebendo que estava ali a sua oportunidade de safar-se do buraco, disse com ar misterioso:
- Você está sozinho? Então ouve e fique calado, porque eu não quero que essa notícia se espalhe e todos venham correndo para cá. A água desse poço é tão boa que a gente não se cansa de bebê-la. Entre cá e experimente.
Sem pensar duas vezes o bode pulou dentro do poço e começou a beber a água, até que totalmente farto, olhou em volta procurando uma saída. Nessa hora a raposa lhe disse:
- Isso não é problema. Ponha-se de pé nas patas traseiras; aí eu trepo nas suas costas, me apoio em seus chifres e salto para fora do poço. Depois me debruço na beirada e o puxo para cima.
E assim foi feito, só que ao se ver livre a raposa saiu correndo campo à fora, depois que gritou para o bode:
- Se o seu raciocínio fosse tanto quanto os pêlos que existem em sua barba, você deveria ter verificado como poderia sair do poço, antes de entrar nele.

Moral da história: Antes de alguém se meter em qualquer aventura, deve primeiro verificar se pode sair dela.


Fábulas de Esopo