( 391x375 , 253kb)


19/12/2010

No rasto da estrela



Três reis, vindo cada qual do seu extremo do mundo, encontraram-se num cruzamento de três caminhos. Uma grande estrela, nova no céu, tinha-os atraído para o mesmo destino.
Juntaram as respectivas caravanas de camelos e cavalos e prosseguiram a viagem juntos. Sempre no rasto da estrela, foram dar a uma cidade e a um palácio, onde vivia um rei, chamado Herodes.
- Vimos uma estrela que anuncia o nascimento do rei dos Judeus - disseram os três reis.
Herodes, ao ouvir tal notícia, assustou-se. Rei dos Judeus era ele e temia que lhe roubassem o trono. Mas fingiu-se interessado e pediu aos três reis viajantes que fossem e procurassem saber mais acerca desse acontecimento espantoso, porque também ele queria adorar o Menino, fadado pelo Céu. Era mentira. Percebia-se pelos olhos furibundos de Herodes que era tudo mentira.
Os três reis sábios deixaram a cidade e continuaram por caminhos humildes atrás da estrela anunciadora, até que foram encontrar, em Belém da Judeia, o Menino. Sobre o telhado da casa onde vivia o Menino a estrela parou.
Os três reis, que se chamavam Gaspar, Melchior e Baltasar, ajoelharam-se em adoração e abriram os cofres das oferendas. Ouro, incenso e mirra era o que tinham para dar.
Já não voltaram por Jerusalém, porque tinham sido avisados em sonhos para regressarem às suas terras por outros caminhos.
Herodes esperou-os, em vão. Furioso e cheio de medo que, mais tarde, pudesse ser destronado, mandou matar todos os meninos de Belém da Judeia. O seu futuro rival - julgava ele - também estaria entre esses inocentes.
E Herodes ria da sua malvadez.
Mas o Menino, que a estrela iluminara, salvou-se. E Herodes perdeu.