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19/06/2010

Parsifal, cavaleiro da Távola Redonda

Também conhecido como Perceval ou Parzifal, era um herói gaulês, pertencente ao Ciclo Arturiano e filho de Sir Lancelot.
O seu pai e os seus dois irmãos morreram combatendo e a mãe, profundamente desgostosa, decidiu educar Parsifal na ignorância da identidade do pai e de todas as coisas da cavalaria. Parsifal cresceu forte, destro e belo, todavia com uma educação e inteligência muito deficientes. Foi mais tarde para a corte do Rei Artur depois de se juntar a um grupo de cavaleiros que encontrou. Ali, surpreende tanto pela beleza e coragem como pela incivilidade e rudeza. Derrota depois um inimigo do Rei Artur, o Cavaleiro Vermelho, e ganha o direito de se sentar na Távola Redonda.
A mais importante das suas aventuras foi a denominada Demanda - ou procura - do Santo Graal: uma vez, chega à margem de um rio demasiado largo para atravessar e quando ia voltar para trás ouve o chamamento de duas personagens que estavam num barco. Depois de subir a bordo, o barco desce o rio até um castelo que estava dissimulado pela floresta. Então, uma das pessoas que estava no barco identifica-se como sendo o rei Anfortas e diz que tinham chegado ao seu castelo Corbenic. Justifica a sua presença no barco dizendo que estava ferido e não podia caçar, por isso entretinha-se a pescar.
A meio do banquete que o rei Anfortas ofereceu a Parsifal entrou uma procissão encabeçada por um pagem que trazia uma lança a escorrer sangue, seguido por dois criados que portavam candelabros em ouro, por uma donzela que segurava um cálice resplandecente em ouro ornado com pedras preciosas e por fim por outra que levava um prato em prata. Parsifal contém-se e nada pergunta, por conselho de Gornemant, um sábio.
Quando se levanta na manhã seguinte Parsifal encontrou o seu cavalo e as suas armas preparados para a viagem, estando o castelo deserto. Partiu então, e ao terceiro dia depois da sua chegada à corte de Artur aparece uma mulher que acusa Parsifal de nada perguntar sobre a procissão que vira no banquete e por isso de ser causador de tremendas infelicidades. Sem o saber vira o Santo Graal. Então, o cavaleiro propõe-se o objectivo de voltar a Corbenic e perguntar ao rei Anfortas qual o significado da procissão.
Passou por muitas aventuras na Demanda do Graal, até que um dia, depois muitos anos, viu um grupo de cavaleiros descendo loucamente a encosta de uma montanha, entre os quais estavam alguns da Távola Redonda. Ao cruzar-se com uma donzela que fugia, esta disse-lhe para não subir a encosta sob pena de perder a vida ou a razão.
De imediato Parsifal se encaminha para o cume, onde depois de várias provações encontra finalmente Corbenic. Repetiu-se a acolhedora recepção que tinha tido da primeira vez, e quando chegou a altura da procissão perguntou ao rei Anfortas qual o seu significado. O rei disse-lhe que saberia se conseguisse unir as duas partes em que estava partida uma espada. Depois de Parsifal unir os dois fragmentos ficou a saber que a lança transportada pelo pajem era a de Longinus, o soldado romano que tinha perfurado o lado de Jesus e que o cálice era o Santo Graal, taça pela qual Cristo tinha celebrado a Última Ceia e que continha o seu sangue.
O rei Anfortas explicou então que estava encarregado de guardar as relíquias mas que devido ao seu ferimento não podia cumprir a missão. O castelo estava também encantado, e para curar o rei e livrar o castelo do feitiço era preciso punir Pertinax, o cavaleiro renegado que assassinou um irmão do rei. Depois de cumprida a missão volta à corte do Rei Artur e pede para se sentar na cadeira onde só o mais imaculado dos cavaleiros se podia sentar sob pena de castigo, a Siege Perilous, ou Cadeira do Perigo. Deste modo se cumpriu a profecia que tinha feito Merlim, de que haveria um dia um cavaleiro suficientemente puro para nela se sentar.