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12/09/2009

A Padeira de Aljubarrota


Brites de Almeida teria nascido em Faro, de pais pobres e de condição humilde, donos de uma pequena taberna. A lenda conta que desde pequena, Brites se revelou uma mulher corpulenta, ossuda e feia, de nariz adunco, boca muito rasgada e cabelos crespos. Estaria então talhada para ser uma mulher destemida, valente e, de certo modo, desordeira.

Quando os pais morreram prematuramente, vendeu os parcos haveres que possuía, resolvendo levar uma vida errante, negociando de feira em feira.
Acabaria por se fixar em Aljubarrota, onde se tornou dona de uma padaria, casando pouco depois com um lavrador da zona. Encontrar-se-ia nesta vila quando se deu a batalha entre portugueses e castelhanos. Derrotados os castelhanos, sete deles fugiram do campo da batalha para se albergarem nas redondezas. Encontraram abrigo na casa de Brites, que estava vazia porque ela teria saído para ajudar nas escaramuças que ocorriam.
Quando Brites voltou, ao encontrar a porta fechada, logo desconfiou da presença de inimigos e entrou, alvoroçada, à procura de castelhanos. Teria encontrado os sete homens dentro do seu forno, escondidos. Intimando-os a sair e a renderem-se, e vendo que eles não respondiam pois fingiam dormir ou não entender, bateu-lhes com a sua pá, matando-os. Diz-se também que, depois do sucedido, Brites teria reunido um grupo de mulheres e constituído um espécie de milícia que perseguia os inimigos, matando-os sem dó nem piedade.